Intervenção de Fernando Gomes, membro da Comissão Executiva e do Secretariado do Conselho Nacional, responsável pelo departamento de Cultura e Tempos Livres e pelo Centro de Arquivo e Documentação (CAD), na sessão de abertura da Exposição Comemorativa do 50.º Aniversário da CGTP-IN, a 28 de Setembro de 2020, na praça Luís de Camões, em Lisboa..
EXPOSIÇÃO COMEMORATIVA DO 50.º ANIVERSÁRIO DA CGTP-IN
PRAÇA LUÍS DE CAMÕES, LISBOA
28 DE SETEMBRO A 15 DE OUTUBRO DE 2020
INTERVENÇÃO DE FERNANDO GOMES NA SESSÃO DE ABERTURA
28 DE SETEMBRO
Antes de mais, obrigado pela vossa presença.
Esta exposição, por diversas circunstâncias, entre as quais não é alheia a situação de pandemia que vivemos, fez-se em tempo recorde.
Deixando os agradecimentos protocolares para a secretária-geral, vou referir-me a quem tornou possível esta exposição.
Apesar de sempre assumirmos as nossas iniciativas como o colectivo que somos, a verdade é que há sempre alguém que dá um pouco mais em cada uma delas.
Permitam-me, por isso, que comece por agradecer a quem a tornou possível: na CGTP-IN, a toda a equipa da Cultura e do Centro de Arquivo e Documentação e a todos os dirigentes e funcionários que, de uma forma ou de outra, deram o seu contributo.
Ao José Ernesto Cartaxo, pelos textos, pelo empenho e disponibilidade que sempre demonstrou e pelas palavras de incentivo.
Um agradecimento muito especial ao João Soares, da Imagem Pública, responsável pela concepção gráfica de toda a exposição, desde a estrutura que vêem à vossa volta, passando pelo cartaz e pelo convite, até ao jornal Alavanca que têm em vossas mãos e que nos serve, nesta ocasião, de catálogo da exposição. Pela sua entrega e dedicação, pela humildade, pela paciência e, sobretudo, pelo brilho nos olhos que lhe fomos surpreendendo ao longo de todo processo. Mais do que trabalho, houve militância. Obrigado, João!
À vossa volta, encontram 201 imagens. Onze delas são oriundas de instituições que nos permitiram a sua utilização, pelo que nos é devido um agradecimento: à Torre do Tombo e à Direcção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB); à Fundação INATEL e ao seu Núcleo de Documentação e Arquivo Histórico; ao SITAVA; e às uniões de sindicatos de Lisboa e do Porto.
A audiodescrição do conteúdo dos painéis expositivos deve-se à Associação Portuguesa de Deficientes (APD), a quem muito agradecemos, em especial, à Dr.ª Sandra Costa, que também dá voz a alguns dos painéis, pela generosidade e profissionalismo que demonstrou no escasso tempo que tínhamos disponível para esta importante tarefa de tornar a exposição mais inclusiva, possibilitando o acesso aos seus conteúdos por parte de trabalhadores e demais cidadãos que, de outra forma, não teriam como fazê-lo.
À União dos Sindicatos de Lisboa (USL), que encontrou e coordenou duas das vozes para a audiodescrição dos painéis, pelo seu empenho nesta tarefa: o Carlos Faia Fernandes e o José Manuel Oliveira.
À Câmara Municipal de Lisboa, por nos ter autorizado a instalação da exposição nesta praça, local que já tinha acolhido, há dez anos, a exposição comemorativa do 40.º aniversário da CGTP-IN. E por toda a colaboração quanto a demais licenças e autorizações necessárias.
À Polícia Municipal de Lisboa, pela colaboração e disponibilidade para velar pela segurança da instalação aqui implantada.
À Real Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Lisboa, pela colaboração no enchimento e posterior esvaziamento das cubas de água que mantêm estas estruturas presas ao chão e aos Bombeiros Sapadores de Lisboa pelo apoio prestado.
Dizia há pouco que, das 201 imagens que encontram nos painéis, 11 eram oriundas de entidades externas, o que significa que as restantes 190 têm origem no espólio documental e museológico da CGTP-IN. O trabalho de formiguinha que não se vê, que é moroso e dispendioso, que às vezes é pouco compreendido, está aqui representado e visível. É o resultado de muitos anos de trabalho, mas com particular intensidade a partir de 2006.
Convido-vos a visitarem o sítio do Centro de Arquivo e Documentação da CGTP-IN na Internet e a constatarem o trabalho que está a ser realizado.
Duas notas informativas:
A primeira, sobre percurso da exposição que recomendamos, que está assinalado no chão.
A segunda é que, em datas a anunciar brevemente, esta exposição seguirá para Setúbal e para o Porto. E uma versão com uma estrutura mais leve estará em itinerância pelas capitais de distrito.
Para terminar, quero realçar que a exposição aqui patente homenageia todas as mulheres e homens, trabalhadores e trabalhadoras, que ao longo de 50 anos, como associados, como militantes sindicais, foram a força dos sindicatos, a força da CGTP-IN, do menos ao mais conhecido.
Mas também homenageia todos os funcionários sindicais que desde 1970 até hoje ajudaram a construir este projecto que é a CGTP-IN. Permitam-me que através da mais antiga trabalhadora da nossa Confederação, Lígia Cabrita, a todos e a todas saúde e homenageie.
Permitam-me ainda, por fim, que evoque nesta sessão, em jeito de homenagem, que alargo a todos os que os sucederam, muitos aqui presentes, os dirigentes que compuseram a mesa da primeira reunião inter-sindical, a 11 de Outubro de 1970, que decorreu na sede do Sindicato Nacional dos Empregados Bancários do Distrito de Lisboa. São eles: Daniel Cabrita, José Pinela, Carlos Alves, Margarida C. Carvalho, Maria Odete Santos e Caiano Pereira.
Uma evocação merecida, pela força, coragem, determinação e por acreditarem num mundo livre sem exploradores nem explorados e num sindicalismo assente nos princípios da unidade, democracia, independência, solidariedade e no sindicalismo de massas em que ainda hoje a CGTP-IN se revê e continuará a rever.
Viva a luta dos trabalhadores!
Viva a CGTP-IN!
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Intervenção de Fernando Gomes na sessão de abertura da exposição, praça Luís de Camões, Lisboa, a 28 de Setembro de 2020. |
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